quarta-feira, janeiro 24, 2007

Cinema - "Dreamgirls" lidera corrida pelo Oscar com oito indicações

BEVERLY HILLS (Reuters) -

"Dreamgirls -- Em Busca de um Sonho", um musical inspirado no grupo Supremes, liderou as indicações ao Oscar, na disputa por oito troféus, apesar de ter ficado de fora das principais categorias, como melhor filme e melhor direção, informaram os organizadores nesta terça-feira.
"Babel", que explora diferenças culturais, conseguiu sete indicações, seguido pelo filme falado em espanhol "Labirinto do Fauno" e pelo drama da família real "A Rainha", cada um com seis indicações.

"Os Infiltrados", thriller sobre gângters, e "Diamante de Sangue", que se passa na África, disputarão em cinco categorias cada.
Para o Oscar de melhor filme, concorrem "Babel", "Os Infiltrados", "Cartas de Iwo Jima", "Pequena Miss Sunshine" e "A Rainha".
Na categoria melhor direção, estão o mexicano Alejandro González Iñárritu ("Babel"), Martin Scorsese ("Os Infiltrados"), Clint Eastwood ("Cartas de Iwo Jima") e os diretores britânicos Stephen Frears ("A Rainha") e Paul Greengrass ("Vôo United 93").
Para o Oscar de melhor ator, foram indicados Leonardo DiCaprio (por "Diamante de Sangue"), Ryan Gosling ("Half Nelson"), Peter O'Toole ("Venus"), Will Smith ("À Procura da Felicidade") e Forest Whitaker ("O Último Rei da Escócia").
Na categoria melhor atriz, disputam Penélope Cruz (pelo filme espanhol "Volver"), as britânicas Judi Dench ("Nota Sobre um Escândalo"), Helen Mirren ("A Rainha") e Kate Winslet ("Pecados Íntimos"), e Meryl Streep, a única norte-americana nesta lista ("O Diabo Veste Prada").
Na categoria Oscar para filme estrangeiro, foram escolhidos o longa mexicano "O Labirinto do Fauno", o canadense "Water", o dinamarquês "After the Wedding", o franco-argelino "Days of Glory" e o alemão "The Lives of Others".
As indicações mais importantes para "Dreamgirls" foram nas categorias de atores coadjuvantes -- Eddie Murphy e Jennifer Hudson.
A 79a cerimônia dos prêmios da Academia acontecerá em 25 de fevereiro, em Hollywood.


(Por Dean Goodman e Jill Serjeant)

Geral - Ações e Medidas


Transcrevo algumas frases que se aplicam tanto na vida pessoal quanto na profissional, pois às vezes tomamos algumas atitudes extremas para situações nem tão extremas assim, principalmente no âmbito profissional, somos excessivamente agressivos buscando destaque ou algo do gênero. então acho que vale a pena lembrarmos alguns ensinamentos.

1 - Hay que endurecer-se, pero sin perder la ternura jamás. (ché)
2 - O ignorante afima, o sábio duvida, o sensato reflete. (provérbio chinês)
3 - ...Mas és que chega a roda viva e sacode a roseira pra lá (chico)

humildemente teço comentários sobre as frases:

A primeira fala por sí, temos que hamonizar nossos atos para que haja o equilíbrio entre a voracidade e a amabilidade, não necessitamos ser rudes para sobresairmo-nos, sempre haverá espaço para o talento e a competência, e a sensibilidade deve estar presente em nossos dias, por piores que sejam os desafios.

A segunda é a ratificação do senso de equilíbrio que deve haver em nossas ações, reflitamos muito para não machucarmos o próximo, civilidade e integridade deve ser a base de tudo.

Por fim, a terceira representa toda a incerteza da vida, pessoal e principalmente profissional, pois como diz o poeta... "faz tempo que a gente cultiva a mais linda roseira que há, mas és que chega a roda viva e sacode a roseira pra lá"... lembremo-nos da Roda viva em que nos encontramos diariamente.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Geral - Métodos e medidas homeopáticas

Será que realmente vale tudo na luta por espaço? Por um lugar de destque, ou mesmo na tentativa de conquistar a confiança plena de alguém ou alguma instituição?
É Fato que o mercado é competitivo, porém existem alguamas regras básicas de civilidade e de respeitabilidade, que devem ser observadas por quem compete ou quem está na disputa por um lugar ao sol, que do alto de minha humilde opnião, em escala hierarquica está organizado da seguinte forma:

1 - Respeito pela pessoa humana;
2 - Respeito pela instituição que trabalha;
3 - Play the game, porém com caráter;
4 - É importante ter dedicação e competência, para que não precise de artifícios obscuros;
5 - Manter o equilíbrio, voracidade Vs amabilidade, pois como já dizia o comandante: "hay que endurecer-se, pero sin perder la ternura jamás".
6 - Duvidar, mas não julgar antes de comprovar;
7 - Por fim, levar em consideração o prvérbio chinês:

"O sábio duvida, ignorante afirma, o sensato reflete"

E assim a harmonia deverá reinar no campo profissional, pois sempre haverá espaço para o talento e a ompetência, por mais agressivo que seja o ambiênte profissional.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Geral - Tempos distintos


Democracia, cuja etmologia vem do grego - demokratía - que segundo o dicionário Aurélio quer dizer:

1 - sistema político fundamentado no princípio de que a autoridade emana do povo (conjunto de cidadãos) e é exercida por ele ao investir o poder soberano através de eleições periódicas livres, e no princípio da distribuição equitativa do poder;
2 - país em que existe um governo democrático;
governo da maioria;
3 - sociedade que garante a liberdade de associação e de expressão e na qual não existem distinções ou privilégios de classe hereditários ou arbitrários
.

A estrutura do Estado brasileiro, nos impõe a refletir se de fato somos uma sociedade democrática. Óbviamente que juridicamente está assegurada a nossa condição, porém se partirmos para a fria análise dos atos do Estado, em sua plenitude, veremos que é no mínimo passível de reflexão tla condição.

Detenhamo-nos às ações do poder legislativo, por meio dos congressistas, cujo poder ou investidura do cargo realmente emanou do povo, porém suas ações são prioitariamente pessoais, exceto casos raros, muito raros... Verbas indenizatórias, 14º e 15º salários, todos os custos subvencionados, desde locomoção à peletós. Será que realmente o povo demanda dessas regalias?

O voto significa muito, significa a luta e morte de muitos por esse direito, mas em nossa ainda jovem democracia, esta conquista vem sendo ano após ano cooptada, seja em redutos, seja com assistencialismo ou coronelismo. É realmente preocupante e gritante a necessidade de uma reforma política estrutural, não apenas de fachada. O grande prolema é que na democracia, quem legisla, o faz também em causa própria.

Vimemos em uma democracia realmente ou é uma ditadura das oligarquias?

OBS.: Na Grécia antiga, quando surgiu o termo em análise, os representantes do povo, exerciam o papel de legislador sem receber uma única dracma, ou em tempos de hoje e no Brasil, um único real.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Momento musical

Valsinha Vinicius de Moraes - Chico Buarque/1970

Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar

Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar

E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz

terça-feira, janeiro 09, 2007

Vale a pena postar.

ARRAES DERROTA JARBAS COM EDUARDO CAMPOS

O mito Miguel Arraes ajudou seu neto Eduardo Campos a derrotar o inimigo Jarbas Vasconcelos na eleição de outubro de 2006. A análise é da jornalista Tereza Rozowykwiat, autora de “Arraes” (Editora Iluminuras), a recém-lançada biografia de Miguel Arraes, em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta segunda-feira, dia 08.
“Foi uma vitória de Arraes contra Jarbas, embora o doutor Arraes já tenha morrido”, disse Tereza.

Jarbas Vasconcelos foi eleito senador por Pernambuco com votação expressiva, mas seu candidato, Mendonça Filho (PFL), perdeu para Eduardo Campos (PSB) o governo do Estado.

Tereza disse que Arraes não pode ser entendido como uma figura nacional “porque o doutor Arraes nunca foi candidato a presidente, a vice-presidente, nem a senador. Ele nunca foi ministro”.

Arraes foi governador de Pernambuco por três vezes. Nos dois últimos mandatos, segundo Tereza Rozowykwiat, enfrentou forte oposição das gestões federais de José Sarney e Fernando Henrique Cardoso.

“Essa fase do Fernando Henrique foi um inferno porque não vinha verba nenhuma para Pernambuco”, resume Tereza.

Clique aqui para ver uma galeria de fotos de Miguel Arraes.

Veja a íntegra da entrevista com a escritora Tereza Rozowykwiat:

Paulo Henrique Amorim – Tereza, você é jornalista há quanto tempo e onde você trabalhou?

Tereza Rozowykwiat: Eu trabalhei por 27 anos no Diário de Pernambuco. Sendo que a maior parte desse tempo trabalhei na editoria de política. E acompanhei Arraes durante 12 anos mais ou menos.

Paulo Henrique Amorim – Você acompanhou Arraes quando ele voltou do exílio?

Tereza Rozowykwiat – Quando ele voltou do exílio, não. Imediatamente depois não. Quando ele foi candidato em 1986, pela segunda vez a governador.

Paulo Henrique Amorim – O seu livro mereceu uma crítica da revista Carta Capital, que eu imagino que você tenha lido, do Argemiro Ferreira...

Tereza Rozowykwiat – Sim.

Paulo Henrique Amorim – Diz que o seu livro prende o Arraes, ou contém o Miguel Arraes nas lutas políticas internas de Pernambuco e não dá uma visão do Arraes, a figura nacional. Você concorda com essa crítica?

Tereza Rozowykwiat – Olha, não, pelo seguinte: essa visão nacional que ele gostaria, que eu acho que era a expectativa dele quando ele leu o livro, ela na realidade não pode acontecer, ela não se consumou, porque o doutor Arraes nunca foi candidato a presidente, a vice-presidente, nem a senador. Ele nunca foi ministro. Ele nunca teve, na realidade, esse papel tão destacado que ele faz uma comparação o tempo todo com o Brizola. Acontece que as circunstâncias em Pernambuco são totalmente diferentes.

Paulo Henrique Amorim – Quais são as circunstâncias diferentes em Pernambuco?

Tereza Rozowykwiat – Olha, Pernambuco eu acho que é o Estado politicamente mais polarizado do Brasil. Em todas as épocas. É muito radicalizado, muito dividido. Primeiro isso. Então, quando Arraes chega do exílio encontra um MDB aqui muito mais estruturado do que em qualquer outro Estado e que já tinha um candidato a governador.

Paulo Henrique Amorim – Que era?

Tereza Rozowykwiat – Marcos Freire e que inclusive, numa estratégia deles, eles lançaram a candidatura de Marcos Freire um ano antes das eleições, para impedir que Arraes lançasse a dele. Então, enquanto Brizola estava tendo a oportunidade de lançar a candidatura dele a governador do Rio, Arraes não encontrou essas condições aqui. Foi preciso esperar mais quatro anos para poder voltar, retomar o mandato que ele tinha perdido com o golpe militar.

Paulo Henrique Amorim – Arraes se elegeu então deputado federal, não é isso?

Tereza Rozowykwiat – Se elegeu deputado mais votado do Brasil e Marcos Freire perdeu a eleição em Pernambuco. Mas ele não teve condição de ser o candidato.

Paulo Henrique Amorim – Marcos Freire perdeu para quem?

Tereza Rozowykwiat – Para Roberto Magalhães. E ele também tinha uma posição, quando voltou do exílio, de não dividir a oposição. Então, enquanto ele pode, manteve essa posição. Quando ele vai para o governo, enfim, em 1987 ele assume. Ele tinha voltado com a anistia, mas só assumiu em 1987 o governo de Pernambuco. Então, ele enfrenta toda uma oposição do governo Sarney. E quando ele volta a ser governador pela terceira vez, o presidente da República era Fernando Henrique, então, essa fase do Fernando Henrique foi um inferno porque não vinha verba nenhuma para Pernambuco. Pernambuco foi nitidamente discriminada em relação a isso. Enquanto, por exemplo, os estados que privatizaram suas companhias energéticas receberam do BNDES o dinheiro adiantado, Pernambuco foi o único estado que não recebeu.

Paulo Henrique Amorim – Embora tenha privatizado?

Tereza Rozowykwiat – Não conseguiu privatizar.

Paulo Henrique Amorim – Não conseguiu...

Tereza Rozowykwiat – Até o final do governo não conseguiu privatizar. Por causa dessa briga com o Fernando Henrique no governo federal.

Paulo Henrique Amorim – E por que Arraes brigou com Fernando Henrique ou Fernando Henrique brigou com Arraes?

Tereza Rozowykwiat – Olha, nunca houve nenhuma identidade entre os dois, mas o motivo mesmo foi esse, de que não vinha verba nenhuma para Pernambuco. E tudo que era solicitado para Pernambuco era negado. Então, chegou ao ponto de não se poder pagar a folha de funcionários porque não tinha dinheiro. Não vinha dinheiro para projeto nenhum que era proposto.

Paulo Henrique Amorim – E como você descreveria, Tereza, a relação de Arraes com Jarbas Vasconcelos, que foi ligado a Arraes e depois rompeu com Arraes e se tornou durante muito tempo a principal figura política de Pernambuco?

Tereza Rozowykwiat – Não, espera aí. Deixa eu só concluir o negócio da Carta Capital.

Paulo Henrique Amorim – Ah, pois não...

Tereza Rozowykwiat – Veja só, tinha essa conjuntura e ele não tinha condições de sair de Pernambuco para se lançar no contexto nacional. Porque tudo aqui era muito mais adverso do que nos outros lugares. Como, por exemplo, ele compara com o Brizola o tempo inteiro mas não era essa a situação de Pernambuco. Arraes não podia se destacar de uma maneira muito concreta neste cenário nacional diante de tantos obstáculos. Embora, em todas as situações pelas quais o Brasil passou ele sempre se posicionou. Inclusive no livro eu coloco em cada situação qual foi a posição que ele adotou. Posições públicas, ele não foi omisso hora nenhuma. Agora, eu não poderia dar a ele essa dimensão nacional que o comentarista pede porque era uma lenda, uma ficção que não existe. Entendeu?

Paulo Henrique Amorim – Eu comentei essa crítica, Tereza, com meu amigo Fernando Lyra, que você certamente conhece e cita no livro e ele fez uma comparação que eu gostaria de submeter a você para ver sua opinião. O Fernando disse que é como se o Brizola tivesse ficado no Rio Grande do Sul e não tivesse ido para o Rio. O Brizola teria sido limitado dentro pelas desavenças e disputas dentro do Rio Grande do Sul e não ia poder ter uma projeção nacional. Você concorda com isso?

Tereza Rozowykwiat – Concordo, concordo completamente. E foi o que aconteceu aqui mesmo com o Arraes. Olha, você acabou de me perguntar de Jarbas...

Paulo Henrique Amorim – Jarbas, é...

Tereza Rozowykwiat – O problema de Jarbas com Arraes, na realidade aconteceu no momento em que Arraes desembarcou aqui do exílio. Porque era um espaço que Jarbas tinha conquistado brigando pela democratização do país na legalidade. Aí, de repente, começam a chegar que saíam das cadeias ou estavam saindo do exílio e esse pessoal que tinha lutado aqui pela legalidade não estava disposto a perder esse espaço político que tinha conquistado para os que chegavam. Então, Jarbas era uma das principais lideranças. Eram Jarbas e Marcos Freire as principais lideranças de Pernambuco. Então, já se nota desde a chegada de Arraes que já existia a formação de dois grupos dentro da esquerda de Pernambuco. Aí depois....

Paulo Henrique Amorim – Mas e esses grupos, eram Arraes... e os outros?

Tereza Rozowykwiat – Não, Arraes de um lado com alguns aliados dele. E o outro era justamente o pessoal que não tinha vindo do exílio, que não tinha sido preso. Que estava no MDB, brigando pela anistia, brigando pela democratização do país, mas dentro dos padrões da legalidade.

Paulo Henrique Amorim – E aí você inclui o Jarbas, Marcos Freire e quem mais?

Tereza Rozowykwiat – Praticamente quase todos os políticos daqui que tinham ficado no MDB.

Paulo Henrique Amorim – Inclusive Fernando Lyra?

Tereza Rozowykwiat – Inclusive Fernando Lyra. Agora, a relação oficial era boa. Tanto que Arraes apoiou a candidatura de Marcos Freire. Depois Jarbas foi lançado candidato a prefeito com apoio de Arraes. Quando Arraes é candidato a governador, recebe o apoio de Jarbas. A coisa veio se complicando ao logo do tempo, na medida em que esses espaços vinham sendo cada vez mais disputados, entende?

Paulo Henrique Amorim – Entendo. E o que significa nesse quadro, Tereza, a eleição de Eduardo Campos?

Tereza Rozowykwiat – A eleição de Eduardo Campos, eu acho que tem muito a ver com o doutor Arraes.

Paulo Henrique Amorim – É?

Tereza Rozowykwiat – Eu acho que tem, porque...

Paulo Henrique Amorim – É a vitória de Arraes contra Jarbas?

Tereza Rozowykwiat – Eu acho que foi uma vitória de Arraes contra Jarbas, sim. Embora Arraes tenha morrido né...

Paulo Henrique Amorim – Mas isso não tem importância, o Vargas também tinha morrido há muito tempo e continuou agindo na política brasileira. Acabamos de ver um evento nos Estados Unidos em que Gerald Ford, depois de morto teve um papel político muito importante...

Tereza Rozowykwiat – Eu acho que sim pelo seguinte: eu acho que o doutor Arraes continuou sendo um mito aqui.

Paulo Henrique Amorim – Ainda é?

Tereza Rozowykwiat – Ainda é. Ainda é. Um grande mito aqui. Há pouco tempo eu fui fazer uma matéria no interior, no Agreste, e fiquei impressionada com a reação das pessoas em relação a ele. Era uma matéria sobre cisternas, sobre água, captação de água. Era uma matéria sobre captação de água e as pessoas só lembravam das coisas que Arraes tinha feito. Então era como se depois de Arraes ninguém tivesse feito absolutamente nada. Então eu acho que é claro que o doutor Arraes influenciou muito nessa eleição de Eduardo. Mas existe uma outra coisa também. É que Eduardo, ele começou a trilhar uma carreira, onde ele se destacou muito recentemente como ministro de Ciências e Tecnologia. Ele foi um bom ministro de Ciências e Tecnologia. E ele, tem um carisma forte também. Então eu acho que não se pode atribuir só a doutor Arraes essa vitória. Agora, que foi uma derrota de Jarbas foi. Ele foi eleito para...

Paulo Henrique Amorim – Mas ele teve uma votação esplêndida para senador.

Tereza Rozowykwiat – Ele teve uma votação para senador, muito expressiva, mas menos do que se esperava. E o candidato dele ao governo do Estado foi derrotado.

Paulo Henrique Amorim – O candidato dele ao governador do Estado era pefelista ou era PSDB?

Tereza Rozowykwiat – Era pefelista.

Paulo Henrique Amorim – Qual é o legado que a senhora acredita que Arraes deixou, além dessa devoção que a senhora acaba de descrever que há, por exemplo, no interior de Pernambuco... isso se repete também em Recife?

Tereza Rozowykwiat – Em alguns lugares sim. Nas áreas de baixa renda.

Paulo Henrique Amorim – Mas aí a memória de Arraes se contrapõe ou se completa, ou se associa ao Presidente Lula.

Tereza Rozowykwiat – É diferente.

Paulo Henrique Amorim – Qual é a diferença?

Tereza Rozowykwiat – Eles vêm como coisas diferentes, a população.

Paulo Henrique Amorim – Como assim?

Tereza Rozowykwiat – Arraes é uma coisa meio mítica. É uma coisa meio... é muito endeusado. Por exemplo, quando o doutor Arraes era vivo teve que se suspender as idas dele às feiras porque a segurança não conseguia dar conta da situação. As pessoas queriam pegar nele, queriam rasgar as roupas dele, pegavam fotografia de doutor Arraes... até hoje na campanha de Eduardo, nessa última campanha de Eduardo, as pessoas iam para a campanha abraçadas com a fotografia de doutor Arraes. Era como se ele fosse um deus. Apensar de que é diferente de um mito qualquer, porque do mito as pessoas procuram uma certa distância. As pessoas não se aproximam muito do mito. No caso dele, ele era tratado pela população como se ele fosse uma pessoa da família, um parente, um amigo. As pessoas se dirigiam a ele para pedir conselhos conjugais. É muito engraçada a relação. Em relação a Lula, é como se fosse assim, um grande orgulho de Lula ser pernambucano. Aquela história de colocar muita esperança no que Lula possa fazer principalmente agora, depois do Bolsa Família, que aqui em Pernambuco todo mundo acha que a vida melhorou. A população pobre acha que a vida melhorou bastante depois de Lula. É uma coisa muito mais racional, a relação da população com Lula do que com Arraes.

Paulo Henrique Amorim – Entendo.

Tereza Rozowykwiat – Entendeu?

Paulo Henrique Amorim – Está ótimo. Muito bem, fico muito agradecido por sua entrevista e vou mandar comprar o seu livro.

Tereza Rozowykwiat – Eu fui clara?

Paulo Henrique Amorim – Claríssima. Obrigado, Tereza.

Aconteceu em: 09 de Janeiro

Um dia famoso, em 9 de Janeiro de 1822 o então príncipe regente D. Pedro I foi contra as ordens das Cortes Portuguesas que exigiam sua volta, ficando no Brasil. Esse é o Dia do Fico.
Por volta de 1821, quando as Cortes portuguesas mostraram a idéia de transformar o Brasil de novo numa colônia, os liberais radicais se uniram ao Partido Brasileiro tentando manter a autoridade do Brasil. As Cortes mandaram uma nova decisão enviada para o regente D. Pedro I. Uma das exigências era a volta imediata do regente.
Os liberais radicais, em resposta, organizaram uma movimentação para reunir assinaturas a favor da permanência do príncipe. Assim, eles pressionariam D. Pedro a ficar, juntando 8 mil assinaturas. Foi então que, contrariando as ordens emanadas por Portugal para seu retorno à Europa, declarou para o público: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação. Estou pronto! Digam ao povo que fico".
A partir daí, D. Pedro entrou em conflito direto com os interesses portugueses. Para romper o vínculo que existia entre Portugal e seu Reino Unido, Pedro fez um ministério somente com brasileiros.
Este episódio prenunciou a declaração de independência do Brasil que viria a ser efetivada em 7 de setembro de 1822.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

História - Remédios Anti-alienantes

Wladimir Herzog, Pauline Reichstul, Carlos Mariguella, Lamarca, Comandante Crioulo, são alguns dos que lutaram sem limites, e tombaram no front, com um único objetivo, o estabelecimento do Estado democrático de direito. Lutaram sem esperar nenhum reconhecimento da sociedade, lutaram por um ideal, lutaram pelo socialismo. Eles pegaram em armas, viveram na clandestinidade, em guetos, viveram e morreram, morreram como viveram... lutando. Este foi apenas mais um capítulo das lutas do povo brasileiro em prol da redemocratização do país.

Posteriormente vieram tempos diferentes, mas não menos difíceis, o momento das "diretas já". Finalmente, em meados da década de 80, mais precisamente em 1984, o Brasil viveria tempos de democracia. Neste momento tinha-se a noção do quão importante foi a luta destes bravos brasileiros, que deram suas vidas para o país.

Pois bem, hoje vivemos tempos diferentes, onde a grande maioria dos jovens não se empenham em participar da vida política, nem mesmo procuram conhecer a história dos que se sacrificaram para garantir que estes mesmos jovens possam expressar quaisquer tipos de pensamentos. Não imaginam o que é viver sob a tutela do AI 5, aliás, a grande maioria não sabe nem o que foi o AI 5, é capaz de confundirem com CPM22, U2 ou Blink 182.

Não podemos ser pacivos diante da alienação generalizada dos nossos jovens, precisamos evocar sempre figuras históricas, como Dom Hélder Câmara e sua coragem. Sempre devemos fazer o contraponto das produções alienantes, por exemplo, quando surgir uma Tati-quebra-barraco, devemos apresentar-lhes a vida de Gregório Bezerra, quando surgir um Big Brother, devemos mostrar-lhes a luta de Francisco Julião e suas Ligas Camponesas, devemos apresentar-lhes a ALN, o MR8 dentre outros.

Não se trata de levar a vida sectariamente a sério, mas de nunca esquecer o período de trevas ao qual viemos, num passado não muito distante, para que não corramos o risco de tê-lo de volta, assombrando nossa pátria.

Poesia - Drummondniando um pouco

Hino nacional

Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás as florestas,
com a água dos rios no meio,
o Brasil está dormindo, coitado.

Precisamos colonizar o Brasil.
O que faremos importando francesas muito louras,
de pele macia, alemãs gordas,
russas nostálgicas paragarçonetes dos restaurantes noturnos.
E virão sírias fidelíssimas.
Não convém desprezar as japonesas...

Precisamos educar o Brasil.
Compraremos professores e livros,
assimilaremos finas culturas,
abriremos dancings e subvencionaremos as elites.
Cada brasileiro terá sua casacom fogão e aquecedor elétricos,
piscina, salão para conferências científicas.
E cuidaremos do Estado Técnico.

Precisamos louvar o Brasil.
Não é só um país sem igual.
Nossas revoluções são bem maiores do que quaisquer outras;
nossos erros também.
E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões...
os Amazonas inenarráveis...
os incríveis João-Pessoas...

Precisamos adorar o Brasil!
Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,
por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos.

Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!
Tão majestoso,
tão sem limites,
tão despropositado,
ele quer repousar de nossos terríveis carinhos.
O Brasil não nos quer!
Está farto de nós!
Nosso Brasil é no outro mundo.

Este não é o Brasil.
Nenhum Brasil existe.
E acaso existirão os brasileiros?
Eduardo Alves da CostaQuanto a mim,
sonharei com Portugal às vezes,
quandoestou triste e há silêncio nos corredores e nas veias,
vem-me um desejo de voltar a Portugal.

Nunca lá estive, é certo,
como também é certo meu coração,
em dias tais, ser um deserto.

História - 8 de janeiro de 1959

Fidel Castro chega a Havana, capital de Cuba, após derrubar em 1° de janeiro, Fulgencio Batista (que fugiu para o exílio), e assume o poder em Cuba.

domingo, janeiro 07, 2007

Cultura - O todo poderoso secretário de Eduardo


Pelo título do post, dar-se a impressão de que falarei de Fernando Bezerra Coelho, que detém uma superestrutura em sua secretaria, inclua-se ai o complexo de suape, ou talvez de Humberto Costa que é o titular da Secretaria das Cidades, ou até mesmo de Danilo Cabral, coordenador da campanha de Eduardo, e que segundo consta, escolheu a própria secretaria por ser politicamente estratégica.
Não. Nenhuma dessas hipóteses, falo mesmo é do todo poderoso, o mestre, o imortal, Ariano Suassuna, um craque da cultura brasileira, e talvez a maior sumidade no campo da cultura em vida nas terras tupiniquins.

É com grande satisfação que vejo a pasta da cultura entregue a este importante ícone da cultura nordestina. Muitos já criticaram a escolha de Eduardo, sob o argumento de que Ariano é fechado para novos e alternativos projetos, ou mesmo distante dos setores organizados da cultura pernambucana, dentre outros descabidos argumentos. É importantíssimo para Pernambuco ter no embaixador da cultura estadual a figura de um homem nacionalmente respeitado, para que as portas se abram para nosso estado, e que o nosso Estado se abra para o mundo.

É gratificante ver a segunda gestão deste homem a frente da Secult. Parabéns Eduardo.

Cultura - Prévias Carnavalescas (Olinda ferve)

Confira as principais prévias carnavalescas que farão Olinda "Frever"

Clube Atlântico
12/01 – A Zebra (sexta-feira)
14/01 – O menino da Tarde (domingo)
21/01 – Chorão (domingo)
28/01 – John Travolta (domingo)
02/02 – A Corda (sexta-feira)
04/02 – Troça Carnavalesca Mista Garoto do Mangue (domingo)
15/02 – O Profeta (quinta-feira)

Mercado Eufrásio Barbosa
07/01 – Sambão do Bonfim com Patusco e D`Breck (domingo)
13/01 – Boi Surubi (sábado)
14/01 – Sambão do Bonfim com Patusco e D`Breck (domingo)
19/01 – Virgens de Verdade (sexta-feira)
20/01 – Não Consigo Ser Feliz o Ano Inteiro (sábado)
26/01 – Taqui Procês (sexta-feira)
27/01 – Eu Acho é Pouco (sábado)
28/01 – Minhocão (domingo)
04/02 – A Burra do Rosário (domingo)

Ensaios:Todos os sábados – Conxitas, das 14 às 18h (Clube Atlântico)Todas às quintas-feiras – Patusco, das 19 às 22h (Mercado Eufrásio Barbosa)Todas às quartas-feiras - Maracatu Camaleão, das 18 às 22h (Mercado Eufrásio Barbosa)

Política - Disputa perigosa


A disputa pela presidência da Câmara, entre Aldo Rebelo (PC do B) e a de Arlindo Chinaglia (PT) pode ser um caminho perigoso para o planalto e para a manutenção de governabilidade. Embora seja legítima a proposição de candidatura do PT, é indiscutível o papel exercido pelo atual presidente diante das piores crises enfrentadas pelo governo. A melhor saída é o acordo entre os partidos da base aliada, mas o tempo urge, e outros Severinos estão por vir.

Momento Inaugural

A princípio gostaria de dizer que sem qualquer pretenção, este é um espaço onde compartilharei reflexões, curiosidades e assuntos gerais com meus amigos e amigas, e se der certo, com bem vindos desconhecidos... Não se trata a concepção deste blog, de uma ação movida pelo exibicionismo, nem mesmo por um instinto egocentrico, muito pelo contrário, espero contribuir de alguma forma com a consolidação do espaço democrático oferecido pela web com conteúdos úteis. Espero ter disciplina e ânimo para dar continuidade a este espaço. Enfim, inauguremos!
Feliz 2007