segunda-feira, dezembro 15, 2008

Imagem do Ano (2008)


Com um reflexo e uma elasticidade jamais vistos, concluímos que o Bush também foi treinado pelo Sr. Miagy.

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Uma estorinha para acordar



Certa vez, no mundo, existia um país no qual a liberdade era a principal característica. Todos os cidadãos tinham um bom emprego, recebiam em Dolar (a moeda mais forte do mundo), tinham potentes carros e moravam em belas casas de muro vivo e jardins bem aparados, numa certa cidade, tinha inclusive um famoso jardineiro chamado Edward. As crianças sempre coradinhas (cor de romã - como diria Caetano), sempre iam às escolas aprender lições de como serem líderes e preparavam-se para no futuro administrarem este país que deveria continuar exercendo o mais absoluto poder, seja no pensamento, seja no comportamento ou seja na macroeconomia mundial, seja pelo bem ou à força, pois esta nação detinha o maior poder bélico do mundo, tendo dizimado até pouco tempo duas cidadezinhas orientais.

Era um país perfeito, os cidadãos natos deste país só se ocupavam de tarefas eminentemente intelectuais, deixando todo o trabalho forçado para aqueles que optaram por isso, chamavam-nos até de um nome simpático "tchicanos" independentemente da sua nacionalidade, se fossem latinos, tchicanos eram. Mas era tudo bem dividido, os bons empregos tinham que ficar com os filhos daquele solo, aliás, solo este muito vasto e rico, com potencial para a plantação de milho, soja dentre tantas outras culturas, tinha também um mineral negro que brotava , mas só uma família lá de uma região longínqua detinha tecnologia suficiente e poder político para a exploração. Inclusive, esta região longínqua posteriormente passou a chamar-se Texas.

Tudo estava na mais perfeita ordem, mas eis que um dia... veio o governador...

Aquela terra que antes era a terra da liberdade, não assinou o protocolo de Quioto, fazendo com que o mundo ecológico voltasse sua atenção para ela de forma negativa. Aquela terra que antes era a maior potência bélica mundial se viu impotente, perplexa diante de uma tragédia num determinado dia de um determinado mês de um determinado ano. Aquela terra que era a terra do superman, que salvava todas as passoas aflitas e passíveis de perder a vida, adentrou-se por territórios que não lhe pertenciam e tirou a vida de milhares de inocentes por um pano de fundo de um tal de "guerra conta o terror". Aquela terra que era conhecida como a terra do Mickey, virou a terra de abu-ghraib, e aquelas garotinhas que tiravam fotos com este personagem do genial Walt Disney, agora posava ao lado de uma montanha de prisioneiros acorrentados com coleiras americanas, e ainda posou para a foto fumando... ai ai ai menina sapeca! Aquele país que foi colonizado pelos ingleses, agora os tinha na mão, fazendo-os inclusive mentir, sim, o coitadinho do primeiro ministro, um tal de Tony, mentiu para o parlamento britânico para apoiar, aquele nem tão mais simpático país, a invadir território alheio. Aquele país que tinha a maior economia do planeta precisou informar, muito constrangidamente, ao mundo que estavam entrando em recessão. O mundo incrédulo achou que seria mais uma megalomania daquele país, muitos não ficaram com medo, alguns acharam que seria uma nuvem, outros uma marolinha, mas hoje, são meio milhão de norte-americanos sem emprego, e não sabemos onde isso vai parar.

Talvez isto seja só o começo da mais próxima transformação do pensamento humano, onde o capital sai de cena para dar espaço ao social. Talvez o caminho já tenha sido apontado há alguns anos por dois loucos que lançaram um manifesto, que até hoje são estudados nas academias, mas quando deve ser posto em prática, este manifesto, acham tratar-se de uma utopia. Poderia neste momento parafrasear o filósofo Eduardo Galleano em sua passagem pela utopia, mas não faria isso agora, não sem antes debruçarmo-nos acerca do, como diriam os juristas, mérito da questão.

Não precisa ter estudado na mais famosa universidade daquele país para saber que toda ação há uma reação e a crise economica nada mais é que uma reação a uma ação impensada e não planejada, pois não se sabia onde iriamos parar com tanto consumo, tanto lucro e tanta malversação do dinheiro alheio, quem não lembra do escândalo da Enron e seus executivos corruptos? este é apenas um, de dezenas de exemplos que podemos citar da má gestão do capital no capitalismo. O saco, não sabiamos, não tem fundo!

A grande questão levantada é: Será esta apenas mais uma crise ou será o princípio do fim do capitalismo selvagem? Isto saberemos nos próximos capítulos da história e graças a Hussein (não o bigodudo que jaz no Iraque), e o melhor de tudo, sem o governador!

Este texto pode ser lido no blog:
http://www.gestaocompartilhada.blogspot.com/

40 anos do AI 5


O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou ontem, durante ato oficial alusivo à passagem dos 40 anos do Ato Institucional número 5 (AI-5), que é preciso preservar a memória dos crimes do passado para evitar que eles se repitam. O evento foi realizado do Salão Verde da Câmara.


Chinaglia lembrou que o AI-5 foi promulgado em um contexto de movimento estudantil crescente e de manifestações da classe operária contra a ditadura. Entre as graves conseqüências do AI-5, o presidente lembrou o fechamento do Congresso Nacional em 13 de dezembro de 1968 (dia da promulgação do Ato) que acabou sendo reaberto só em outubro de 1969.
Outra conseqüência lembrada por Chinaglia foi a redução, em fevereiro de 1969, do número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) - de 16 para 11 - e a transferência do julgamento de crimes contra a segurança do STF para a Justiça Militar.


Cassação de parlamentares - O presidente lembrou ainda as cassações ocorridas no período e citou um estudo do jornalista Gilson Caroni Filho, segundo o qual, a partir do AI-5, 273 mandatos parlamentares foram suspensos, sendo 162 estaduais e 11 federais. Ainda segundo esse estudo, até o fim do Governo Médici o AI-5 foi usado 579 vezes e atingiu 145 funcionários públicos, 142 militares, 102 policiais e 28 funcionários do Poder Judiciário. Só no primeiro ano do AI-5, 219 professores universitários foram afastados, entre eles o sociólogo Florestan Fernandes.
"O AI-5 inaugurou um dos períodos mais tenebrosos da história do País, que durou 10 anos e 18 dias", contabilizou o presidente da Câmara.